Práticas pedagógicas: Ciências em espaços educativos não formais

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Título: Práticas pedagógicas: Ciências em espaços educativos não formais
Organizadoras: Priscila Eduarda Dessimoni Morhy e Alexandra Nascimento de Andrade
ISBN: 978-65-87207-03-2
Ano: 2020

Segundo os dados do Programa Individual de Avaliação de Estudantes (sigla em inglês, PISA) divulgados em dezembro de 2019 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil caiu algumas posições no tocante ao ensino de ciências e agora ocupa o 66° lugar no ranking mundial. De acordo com eles, 55,3% dos estudantes brasileiros da Educação Básica apresentaram baixo desempenho em Ciências, e, para piorar ainda mais a situação, a discrepância interna nas regiões do país é abissal quando comparamos Sul e Sudeste com Norte e Nordeste.

A distância entre os saberes oriundos da família, dos conteúdos curriculares transmitidos na escola e dos conhecimentos científicos legitimados, cresce assustadoramente no contexto contemporâneo; o que posiciona professores e demais profissionais da educação a desenvolverem novas estratégias para o ensino de ciências. Dessa maneira, uma das estratégias apresentadas para amenizar os problemas evidenciados no processo de ensino-aprendizagem de Ciências na Educação Básica é o desenvolvimento de atividades em espaços não-formais, para que assim os conceitos científicos possam fazer parte das práticas do cotidiano do educando, ou seja, para além dos muros escolares.

Tendo em vista esse panorama que se apresenta, devemos refletir sobre as seguintes questões: Como amenizar as dificuldades para o ensino de ciências? Como ensinar ciências na contemporaneidade? Como lidar com os diversos saberes e conhecimentos? Quais caminhos o professor deve seguir no processo de ensino de ciências? É neste sentido que esta obra intitulada, Práticas Pedagógicas: ciências em espaços educativos não-formais, apresenta seis experiências exitosas no ensino de ciências, essas realizadas em espaços não-formais de educação, localizados na cidade de Manaus – AM, sendo eles: Parque Estadual Sumaúma, Bosque da Ciência, Corredor Ecológico do Mindú, Mercado Adolpho Lisboa e Museu Amazônico. Em outras palavras, apresenta como principal objetivo socializar tais experiências, visando o fortalecimento do processo de ensino-aprendizagem na área.

Nesse sentido, o entrecruzamento dos distintos olhares teórico-epistemológicos e metodológicos dos autores e autoras que elaboraram os capítulos constituidores da obra, revelam vivências e experiências formativas que podem contribuir de maneira significativa para o surgimento de novas perspectivas para ensinar ciências em espaços não-formais de educação. Dessa forma, considero a obra de uma originalidade ímpar. Ela poderá converter-se como um norte a outras pesquisas nessa temática permitindo que professores e professoras pensem e repensem seu trabalho docente a partir de outras alternativas para o ensino de ciências.

Prof. Whasgthon Aguiar de Almeida

Universidade do Estado do Amazonas – UEA