Desejo de eternidade

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Título: Desejo de eternidade
Autoria: Ronilson Lopes
ISBN: 978-65-87207-49-0
Ano: 2020

Ao receber o manuscrito do amigo Ronilson, pensei que conhecia a profundidade do pensamento do maranhense, criado em Tocantins, que passou por Brasília, Minas Gerais, que esteve no Rio Grande do Sul e, agora, está no apaixonante Estado do Amazonas. Antes de se tornar o escritor que é, sempre foi grande leitor, crítico sagaz e incentivador da descoberta literária. Os bem vividos anos na vida religiosa fez com que conhecesse um sonhador, guerreiro, que mostrou que muitas coisas são possíveis quando o ser humano acredita nele mesmo.

O livro Desejo de Eternidade é uma metáfora da condição humana, abalada pelo desejo do infinito diante da efêmera existência. Um enredo com poucos personagens, porém revela a magnitude das questões humanas universais. A linguagem simbólica do livro, desde os nomes até os eventos que a nossa imaginação consegue alcançar, aflora, de maneira leve, grandes questões existenciais presentes na mente daqueles que se colocam de forma séria no turbilhão da vida. Um livro para ser revisitado sempre à medida em que a vida passa, a fim de fitar o olhar sobre a realidade muda.

O autor divide o livro em títulos cujo conteúdo refaz a percepção do leitor sobre os temas. Uma narrativa se coaduna a outra, convidando o leitor para adentrar a narrativa, ou seja, podemos nos enxergar ou trazer de forma concreta as questões abordadas. Filosofia, ciência e poesia encontram-se para falar da condição humana, o que faz com que não queiramos parar de ler o livro. Para professores de filosofia, como eu, vejo nessa obra um instrumento didático e interdisciplinar, capaz de auxiliar e movimentar o debate dentro de sala de aula, além de ser um bom incentivo à produção de textos reflexivos.

Tenho muito o que falar de Desejo de Eternidade, mas não vou me adiantar nessa introdução, uma vez que o livro faz surgir várias percepções e corro o risco de desvelar inconfidências e espichar percepções além do necessário. Também não sei se conseguirei, de agora em diante, continuar escrevendo minhas intuições filosóficas e literárias da mesma maneira, uma vez que o autor inaugura um grande estilo que vale a pena ser aprofundado. Porém, tenho convicção de que depois do Desejo de Eternidade, terei que cair mais uma vez dentro de mim mesmo a fim de saborear a efêmera existência.

Oziel da Rocha

Professor de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, Mestrando em Filosofia pela UFU-MG.

Patos de Minas – MG, julho de 2020.